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Foto: Reprodução |
A semana começou turbulenta para a
economia da Argentina. Nesta segunda-feira (8), os mercados financeiros
registraram forte queda depois que o governo de Javier Milei saiu derrotado nas eleições legislativas na província de Buenos Aires —
região estratégica e de grande peso político, às vésperas do pleito nacional de
meio de mandato.
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O impacto foi imediato: ações locais
abriram em queda superior a 13%, enquanto os títulos da dívida pública recuaram
mais de 6% antes mesmo da abertura oficial dos mercados. Às 10h40 (horário de
Brasília), o índice S&P Merval acumulava perda de 11,5% na Bolsa de Buenos
Aires. Já o peso argentino sofreu uma desvalorização de 5,14%, sendo negociado
a 1.440 por dólar, alcançando o menor valor da história.
Milei admite ajustes políticos de olho nas eleições
A gravidade do cenário levou o
presidente Milei a convocar seu gabinete com urgência para avaliar medidas
diante da crise cambial. Segundo relatório do Morgan Stanley, o resultado das
urnas aumenta a incerteza sobre a continuidade das reformas e eleva as dúvidas
em relação às fontes de financiamento externo do país.
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No radar dos investidores está a cotação
de 1.464 pesos por dólar, considerada o limite superior da faixa de flutuação
definida desde que o Banco Central suspendeu controles cambiais em abril.
Apesar da derrota
por 13,7 pontos percentuais em um reduto tradicionalmente peronista, Milei
reafirmou que manterá o atual programa econômico, mas admitiu a necessidade de
ajustes políticos de olho nas eleições nacionais de outubro.
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