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Hugo Motta (à esq.) e Sóstenes Cavalcante (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados I Agência Senado) |
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes
Cavalcante (RJ), voltou atrás nesta quinta-feira (7) e negou a existência de um
acordo entre a oposição e o presidente da Casa, Hugo Motta
(Republicanos-PB), para interromper a obstrução das votações. As declarações
foram feitas um dia após Cavalcante afirmar que havia um compromisso firmado
para pautar propostas sensíveis, como o fim do foro privilegiado e a anistia aos
envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Segundo o jornal O Globo,
Sóstenes fez um apelo de reconciliação e reconheceu ter se excedido nas
críticas a Hugo Motta. “Num dia como ontem, não há vencedores ou vencidos. O
presidente Hugo não foi chantageado por nós e não assumiu compromisso com
nenhuma pauta. Os líderes dos partidos que assumiram foram PSD, União Brasil e
Progressistas”, declarou.
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Em seguida, o líder do PL foi além e
dirigiu um pedido direto de desculpas ao presidente da Câmara. “Eu não fui
correto e te peço perdão, presidente. Muitos colegas, no auge da emoção... Uma
colega da esquerda agrediu o deputado Nikolas [Nikolas Ferreira (PL-MG)], mas,
se depender do PL, não faremos representação. Estávamos emocionalmente
desestruturados. Esta Casa precisa de recondução. Peço desculpas a todos, se
fui indelicado.”
A declaração de recuo contrasta com o
tom adotado por Sóstenes no dia anterior, quando havia dito que existia um
entendimento entre os parlamentares para colocar em pauta temas de interesse da
oposição. Na ocasião, o deputado afirmou que “o presidente Hugo Motta pediu aos
líderes aqui representados” e que teria sido “construído um compromisso de que
na próxima semana abriremos os trabalhos nesta Casa pautando mudança do foro
privilegiado para tirar a chantagem que muitos deputados e senadores vêm
sofrendo por parte de alguns ministros do STF”.
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Na esteira da crise, após uma reunião com o
ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), integrantes do PL e de legendas do
centrão se dirigiram ao gabinete de Motta. O encontro contou também com a
presença do senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado. Após
a conversa, os líderes, acompanhados por Hugo Motta, anunciaram no plenário que
os parlamentares da oposição deixariam os cargos na Mesa Diretora — uma decisão
que inicialmente encontrou resistência, mas acabou sendo acatada.
Fonte: Brasil 247
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