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foto:Reprodução |
O conteúdo foi divulgado pela TV
Ponta Negra e confirmado pela Folha de S.Paulo com a defesa do homem.
“Lamento profundamente que minha
conduta, influenciada por um contexto de uso de substâncias e instabilidade
emocional, tenha contribuído para essa situação. Embora as circunstâncias ainda
estejam sendo apuradas, sinto a necessidade sincera de expressar meu pedido de
perdão a todos que, de alguma forma, foram afetados”, afirmou ele.
Igor
complementou, ainda, que houve “dor angústia e sofrimento, especialmente para
Juliana, sua filha, sua família, bem como para os meus pais e demais entes
queridos”, salientando que não tem a intenção de justificar ou minimizar o
impacto dos fatos. Disse que espera que “Juliana consiga encontrar força para
seguir em frente, com serenidade, coragem e paz”.
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“Enfrento o momento atual com
humildade e esperança de que, com o tempo, todas as partes envolvidas possam
encontrar caminhos de cura, reflexão e recomeço.”
O homem foi transferido na última
sexta-feira (1º) para a Cadeia Pública Dinorá Simas, no município de
Ceará-Mirim. A defesa de Igor havia solicitado uma cela individual por questões
de segurança, mas não teve o pleito atendido, porque a cadeia não tem cela
individual.
Nessa mesma noite, ele afirmou ter
sofrido um ataque por policiais penais, que teriam o colocado em uma cela
isolada, algemado e nu, o agredido com murros, chutes, cotoveladas, além de uso
de spray de pimenta. Eles teriam dito que ele havia “chegado ao inferno”.
Conforme a Seap (Secretaria da
Administração Penitenciária), o caso está sendo investigado pela Polícia Civil
e pela Corregedoria do Sistema Prisional.
Ele foi preso em flagrante no dia 26
e teve a prisão convertida para preventiva (sem prazo).
O
ataque foi gravado por uma câmera de segurança do edifício. O vídeo mostra o
momento em que o ex-jogador desfere um primeiro soco na mulher. Ela cai no
canto do elevador, e ele começa uma sequência de golpes.
O vídeo mostra que são ao menos 35
segundos com o rapaz desferindo socos na vítima sem parar. Após o ataque, a
vítima se levanta com o rosto todo ensanguentado, a porta do elevador se abre e
ela saicambaleando. O agressor ajeita o chinelo no pé e sai na sequência.
Em depoimento à polícia, Igor
declarou que sofreu um “surto claustrofóbico”.
Juliana relatou à Folha de S.Paulo na
última semana que as discussões foram iniciadas por causa de ciúme após o homem
ter visto, no celular dela, mensagens em que ela se comunicava com um amigo
dele.
Ela
também disse que ele já havia apresentado comportamentos agressivos
anteriormente. O relacionamento durava dois anos, entre “muitas idas e vindas”.
“Ele não gostou. Jogou meu celular na
piscina porque queria mostrar a um amigo que estava conosco. Eu saí de perto
para evitar o conflito. Ele foi para o meu bloco, subiu para pegar as coisas
dele e eu subi pelo outro elevador para encontrar ele lá. Quando subimos, eu o
notei agressivo”, iniciou ela.
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Ela conversou com a reportagem por
mensagem de texto, pois estava com a dicção comprometida pelas lesões.
“Eu não quis sair do elevador porque
achei que ele fosse me agredir e, no corredor, não tem câmeras. Ele queria me
convencer a sair de lá. Foi aí que ele disse que eu ia morrer e começou a me
bater sem parar”, complementou.
Ela passou por uma cirurgia de
reconstrução da face no Hospital Universitário Onofre Lopes, da UFRN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte), na sexta-feira (1º), e segue
hospitalizada, sem previsão de alta.
De
acordo com o hospital, o procedimento realizado, chamado osteossíntese, visa
restabelecer a estética e a funcionalidade do rosto de Juliana. O procedimento
contempla a redução e fixação das fraturas com o uso de miniplacas e
miniparafusos, além de uma revisão nas estruturas nasais.
A cirurgia foi bem-sucedida e
“transcorreu de forma segura”, segundo o hospital. Juliana permanece internada
na unidade, sob cuidados pós-operatórios, com previsão de alta conforme a
evolução clínica.
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Igor, o homem que deu mais de 60 socos no rosto da namorada e foi preso preventivamente por tentativa de feminicídio (Foto: Reprodução) |
Veja a carta completa do homem
“NOTA À IMPRENSA E À SOCIEDADE
Eu, Igor Eduardo P. Cabral, venho com
profundo respeito, me manifestar diante dos acontecimentos recentes que
abalaram tantas pessoas. Reconheço que houve dor, angústia e sofrimento,
especialmente para Juliana, sua filha, sua família, bem como para os meus pais
e demais entes queridos.
Lamento
profundamente que minha conduta, influenciada por um contexto de uso de
substâncias e instabilidade emocional, tenha contribuído para essa situação.
Embora as circunstâncias ainda estejam sendo apuradas, sinto a necessidade
sincera de expressar meu pedido de perdão a todos que, de alguma forma, foram
afetados.
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Não tenho intenção de justificar
nada, tampouco minimizar o impacto dos fatos. Apenas desejo que Juliana consiga
encontrar força para seguir em frente, com serenidade, coragem e paz. A ela,
sua filha e sua família, envio minhas orações e meu mais genuíno respeito.
Enfrento o momento atual com
humildade e esperança de que, com o tempo, todas as partes envolvidas possam
encontrar caminhos de cura, reflexão e recomeço.
Com arrependimento e respeito,
Igor Eduardo P. Cabral”
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