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Foto: Reprodução |
A pouco mais de três meses do prazo-limite para utilização dos recursos
destinados a ações e políticas públicas voltadas à implementação e abertura de
vagas para escolas em tempo integral, o Rio Grande do Norte executou apenas 41%
do volume total recebido para esse fim, de R$ 80,9 milhões. Os municípios e o
Estado conseguiram usar R$ 33,1 milhões do Programa Escola em Tempo Integral.
Restam R$ 47,8 milhões. Os recursos podem ser perdidos, caso não sejam
utilizados no prazo.
O montante é a soma destinada às redes
estadual e municipais de ensino e deve ser aplicado, de acordo com o Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), até o dia 31 de outubro. Caso
não sejam utilizados, os recursos devem ser devolvidos até o dia 31 de
dezembro. A situação preocupa a União dos Dirigentes Municipais da Educação no
RN.
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Com o objetivo de orientar gestores estaduais e
municipais sobre a correta execução dos recursos do Programa Escola em Tempo
Integral (ETI), o FNDE, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), promove
até a quarta-feira (23) um ciclo de capacitações virtuais em todo o País, com
foco na execução financeira do programa. Ao todo, serão realizados 17
encontros: um de abrangência nacional, que contou com a parceria da Undime e
outros 16 regionais, voltados às especificidades de cada unidade da federação.
No RN, a capacitação ocorreu na quarta-feira passada (16).
De acordo com o FNDE, dos R$ 80,9 milhões destinados ao RN, R$ 47,8 milhões ainda estão em caixa. Foram executados, portanto, cerca de R$ 33 milhões. O presidente da Undime-RN Petrúcio Ferreira explicou que, de acordo com a legislação vigente, os recursos devem ser devolvidos à União caso não sejam devidamente executados dentro do prazo estabelecido pelo ETI. “É por isso que a Undime/RN tem atuado de forma preventiva, promovendo capacitações e orientações técnicas para apoiar os municípios na correta e efetiva utilização desses recursos, dentro dos parâmetros legais e prazos estabelecidos”, disse Ferreira.
Segundo ele, para reduzir o
risco de perda de recursos a Undime tem feito articulações com o MEC. “Existe,
sim, um risco [de perdas], principalmente se não houver agilidade e segurança
na tomada de decisão dos gestores. Esse risco pode ser mitigado com ação
rápida, orientação técnica adequada e apoio institucional. Por isso, temos intensificado
a articulação com o MEC e realizado capacitações como a do último dia 16, para
garantir que os recursos permaneçam nos municípios e sejam revertidos em
melhoria real da oferta de tempo integral nas escolas públicas”, falou.
Para tornar a execução dos
recursos eficiente, Petrúcio Ferreira aponta que os gestores precisam de
planejamento estratégico, capacitação de equipes técnicas capacitadas alinhadas
às normativas, articulação entre as áreas pedagógica, administrativa e
financeira das secretarias de educação, e a busca de apoio de órgãos de
controle e instâncias como a própria Undime, que tem disponibilizado suporte
técnico.
“A capacitação do dia 16 foi uma ação prática nesse sentido, aproximando os
gestores dos esclarecimentos técnicos e das boas práticas para acelerar a
execução”, explicou Petrúcio Ferreira. Informações publicadas na edição da
TRIBUNA DO NORTE de 22 de maio deste ano mostram que a rede estadual de ensino
recebeu R$ 16 milhões para implementação de vagas de ensino integral, mas havia
executado apenas cerca de R$ 3 milhões. Já o volume destinado aos municípios
somaram R$ 64 milhões dos quais 40% haviam sido utilizados. À ocasião, R$ 51
milhões estavam em caixa.
Secretarias
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, foram executados, até o momento, R$
5,9 milhões relacionados ao programa, enquanto R$ 3,4 milhões serão usados em
breve. A nota não cita a utilização do restante dos recursos. A pasta
esclareceu que os recursos “serão utilizados dentro do prazo estipulado” em
“obras, reformas, compras de utensílios, formações” e demais investimentos.
Já a Secretaria Municipal de
Educação de Natal (SME/Natal) explicou que estão “sendo executados R$ 2
milhões, de um total de R$ 6,4 milhões, na manutenção dos prédios” direcionados
ao referido modelo de ensino.
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Além disso, de acordo com Fernandes, estudos estão sendo realizados para tornar
as atividades mais dinâmicas e atrativas, a exemplo do uso da gamificação como
metodologia ativa e como forma de engajar os estudantes no processo de
aprendizagem. “A SME de Natal está comprometida em garantir a execução
eficiente e a permanência dos recursos destinados pelo governo federal, mesmo
diante dos desafios existentes”, falou o secretário.
Fonte: Tribuna do Norte
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