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terça-feira, 29 de julho de 2025

INIMIGO DO BRASIL

 

Foto: Reprodução

Um dia antes do início da agenda oficial de uma comitiva de senadores brasileiros nos Estados Unidos, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou ser contra a visita e afirmou estar trabalhando para impedir que os parlamentares consigam estabelecer diálogo com autoridades norte-americanas.

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A declaração foi dada ao SBT News neste domingo (28), logo após a participação de Eduardo na Cúpula Conservadora do Brasil, evento realizado em Miami com presença majoritária de brasileiros que vivem nos EUA. O encontro contou ainda com a participação de nomes investigados no Brasil, como o próprio Eduardo e o comentarista Paulo Figueiredo.

Durante a entrevista, o deputado criticou a missão de oito senadores brasileiros, que nesta semana cumprem agenda de três dias em Washington, buscando reverter medidas comerciais e diplomáticas tomadas pelo governo dos EUA contra o Brasil, como a suspensão de vistos de autoridades brasileiras, anunciada em 18 de julho.

Donald Trump (Foto: Reprodução)

Para Eduardo Bolsonaro, o problema entre os dois países vai além de questões comerciais e envolve uma “crise institucional” no Brasil. Ele acusou o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes, de conduzir o país de forma autoritária e afirmou que “o Brasil tem tido a síndrome de avestruz, colocando a cabeça embaixo da terra”.

“Trump não está atacando a soberania do Brasil. Ele está defendendo a soberania dos Estados Unidos”, afirmou.

Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos

Eduardo Bolsonaro está licenciado do cargo de deputado desde março e teve seus bens e contas bancárias bloqueados por ordem do STF. Segundo ele, há expectativa de que novas sanções norte-americanas contra autoridades brasileiras sejam anunciadas em breve, possivelmente por meio da Lei Magnitsky ou de mecanismos do Departamento do Tesouro, como a lista OFAC. Ele citou diretamente o ministro Alexandre de Moraes como possível alvo dessas medidas.

“O Brasil não tem se comportado como uma democracia ocidental. Tem se comportado como uma ditadura muito similar à venezuelana”, declarou. “As pessoas acham que resolveriam o problema das tarifas e estaria tudo bem. Não. Estariam fadadas a sustentar esse regime”, disse.

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O deputado Eduardo Bolsonaro também relatou dificuldades pessoais. Disse estar sendo alvo de um inquérito que pode lhe render até 20 anos de prisão e afirmou que tanto ele quanto sua esposa estão com as contas congeladas por ordem judicial.

Ainda durante a conversa, Eduardo Bolsonaro voltou a se posicionar contra qualquer tentativa de negociação por parte da comitiva de senadores.

“Com certeza não [vão encontrar diálogo], e eu trabalho para que eles não encontrem diálogo”, afirmou. “Eu sei o que é certo. Não é dar 17 anos de cadeia para velhinhas. Nós estamos em guerra. E é tudo ou nada.”

Procurado, o Supremo Tribunal Federal informou que não comentará as declarações do deputado licenciado.


Fonte: ICL

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