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foto:Reprodução |
O fluxo de passageiros no Aeroporto Internacional Aluízio
Alves, localizado em São Gonçalo do Amarante e que serve Natal e região
metropolitana, registrou em 2025 o melhor primeiro semestre desde 2018.
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) mostram que o principal terminal do Rio Grande do Norte teve a
movimentação de mais de 1,1 milhão de passageiros de janeiro a junho deste ano,
uma alta de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado e o maior número em
sete anos.
De janeiro a junho de 2025, o fluxo no Aeroporto de São
Gonçalo foi exatamente de 1.137.500 passageiros, entre embarques e desembarques
domésticos e internacionais. Em 2024, o fluxo havia sido de 1.095.216. Ou seja,
de um ano para o outro, o aumento foi de mais de 42 mil passageiros.
Do total de passageiros que usaram o
aeroporto de São Gonçalo no 1º semestre deste ano, 1.087.501 foram
transportados por voos domésticos (aumento de 3,6% sobre 2024) e 49.999
estiveram em voos internacionais (aumento de 9,3%).
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Entre os voos domésticos, os principais destinos foram
São Paulo (Guarulhos), Brasília (DF), Rio de Janeiro (Galeão), Belo Horizonte
(Confins), Campinas (Viracopos) e Recife. Já entre os voos internacionais, o
fluxo maior foi para Lisboa (Portugal) e Buenos Aires (Argentina).
Entre as companhias aéreas, a Gol foi a que
transportou mais passageiros: foram 411.764 no 1º semestre, o equivalente a
36,2% do total. Depois, vem a Latam, com 400.483 (ou 35,2%). A Azul aparece na
sequência, com 290.065 passageiros (25,5%). A TAP, que opera na rota
Natal-Lisboa, transportou 34.708 viajantes (3%).
Considerando a região Nordeste, o aeroporto
de São Gonçalo do Amarante ficou em 5º lugar no fluxo de passageiros. O
terminal potiguar ficou atrás dos aeroportos de Recife (4,6 milhões), Salvador
(3,7 milhões), Fortaleza (2,8 milhões) e Maceió (1,4 milhão).
Vale ressaltar o crescimento da movimentação no
Aeroporto de Maceió, o que demonstra o avanço do turismo na capital alagoana.
Em 2023, o aeroporto Zumbi dos Palmares tinha um fluxo inferior ao de São
Gonçalo. Mas, desde então, a movimentação no terminal vem crescendo e ampliando
a distância para o RN. No 1º semestre deste ano, o fluxo no aeroporto de Maceió
subiu 14% em relação ao mesmo período do ano passado.
Perda
de voo
O crescimento na movimentação de passageiros em São
Gonçalo ocorreu mesmo com a suspensão de uma rota da Latam. Em abril, a
companhia deixou de operar voo direto para o Rio de Janeiro (Galeão). Os
números mostram que a suspensão do trajeto não representou impacto
significativo no Estado. De janeiro a março, apenas 7.532 passageiros usaram o
voo.
Incentivo fiscal
Em maio, o Governo do Estado ampliou a
desoneração de ICMS sobre o combustível usado pelas empresas aéreas, o chamado
QAV (querosene de aviação). Um decreto assinado pela governadora Fátima Bezerra
(PT) reduziu exigências para que as companhias mantenham descontos no imposto
que existem desde 2019. No limite da regra, a redução pode chegar a zero, ou
seja, isenção total do ICMS.
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Pela regra geral, instituída em 2019, no
início do Governo Fátima, as empresas aéreas que atuam no Rio Grande do Norte
podem ter isenção total do ICMS ou alíquotas reduzidas a 3%, 5%, 9% ou 12%.
Essa regra está mantida – mas, no novo decreto, foram criadas exigências
menores para as empresas que não tenham atendido às condições em 2024.
A secretária estadual de Turismo, Marina Marinho, celebra
os números. Ela afirma que os dados da Anac mostram que “o turismo é uma força
estratégica para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte”.
“O melhor primeiro semestre desde 2018 na
movimentação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante é reflexo direto de um
trabalho integrado, com ações de promoção do nosso destino, participação em
feiras nacionais e internacionais, campanhas de divulgação em parceria com o
trade, e, sobretudo, da confiança que o visitante tem redescoberto no RN como
um destino seguro, belo e acolhedor”, afirma a secretária.
Ela diz que o crescimento na movimentação é o produto da
“soma de esforços entre o Governo do Estado, o setor privado e as companhias
aéreas, que ampliaram a malha e os assentos disponíveis para o Estado”.
“Estamos colhendo os frutos de um planejamento sério, que visa não só atrair
turistas, mas garantir que eles voltem e recomendem o nosso destino”,
acrescenta Marina.
Na avaliação de Molga Freire, presidente em
exercício da Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur), os números
confirmam “uma retomada sólida e contínua do nosso turismo”. “Esses resultados
refletem o trabalho conjunto entre o Governo do Estado, a Emprotur e o trade
turístico, com investimentos em promoção, conectividade e qualificação. O
aumento no fluxo de visitantes reforça o posicionamento do Rio Grande do Norte
como um dos destinos mais desejados do Brasil e nos motiva a seguir avançando
cada vez mais”, comemora Molga.
Em nota, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio-RN) afirma que, “embora nem todos os
passageiros sejam turistas, os efeitos desse incremento já ecoam em diversos
indicadores da atividade econômica potiguar, especialmente no setor terciário,
fortemente impulsionado pelo turismo.”
A entidade enfatiza que, entre os fatores que
podem ter contribuído para a alta de passageiros, está a redução do valor das
passagens. O Radar de Tarifas Aéreas da Fecomércio RN identificou em 2024 uma
queda média de 14,7% nas passagens entre Belo Horizonte e Natal e de 4% entre
Brasília e Natal, com base em passagens adquiridas com 30 dias de antecedência.
“Trata-se de dois polos estratégicos de emissão de turistas para o Estado, e
essa redução torna Natal mais competitiva frente a destinos concorrentes”,
afirma a federação.
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A Fecomércio exalta ainda o crescimento do setor de
Serviços no RN, sensível às dinâmicas do turismo. A entidade destaca que o
segmento cresceu 5,9% de janeiro a maio de 2025, revertendo a queda de -0,8% no
mesmo período de 2024. “É razoável atribuir parte relevante desse desempenho à
alta na circulação de visitantes”, acrescenta.
Além disso, “dados da hotelaria e da
gastronomia (…) apontam para elevação nas taxas médias de ocupação e aumento de
faturamento em bares, restaurantes, hotéis e pousadas — com destaque para os
estabelecimentos voltados ao público de médio e alto padrão, o que sinaliza
também um turista com maior poder aquisitivo.”
“Portanto, embora cautelosos quanto à análise
final, os dados até aqui observados permitem afirmar que o turismo vem ganhando
tração e cumprindo papel cada vez mais estratégico na economia potiguar”,
declara a Federação.
Do Agora RN
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